quinta-feira, 23 de junho de 2011

RECEITA: O BOM HISTORIADOR




Ingredientes:

·  Um pacote com o máximo de livros disponíveis;
·  Uma pessoa comum;
·  1 Kg de aptidão;
·  5 Kg de interesse;
·  Diversas porções de professores universitários;
·  500g de boas amizades;
·  Dois cadernos com, no mínimo, 500 folhas cada;
·  Disposição à vontade;
·  Paciência; (opcional)

A receita deve ser feita em ambiente universitário de alta qualidade para um melhor aproveitamento do ingrediente principal, a pessoa.

Modo de Preparo:

 - Colocar a pessoa comum no citado ambiente e ficar atento para os recheios, são eles que irão dar a consistência esperada.
- Preencher os espaços vazios com aptidão e interesse; ressalta-se que toda pessoa vem com essas características de fábrica, porém, se julgar necessário, a quantidade pode ser aumentada.
- Introduzir as boas amizades para que esta pessoa possa chegar ao ponto e somente depois acrescentar as porções de professores;
- É necessário estar com os cadernos sempre à disposição, eles serão de extrema importância para anotar as recomendações de leitura.
- O pacote de livros é extenso então, julga-se salutar considerar o ingrediente opcional (paciência), pois, sem ela, a pessoa poderá não chegar ao ponto e sua receita não funcionara. Ressalva-se que, em raríssimos casos, sem a paciência, chega-se a um ótimo resultado, entretanto a pessoa ficará amarga e os amigos acrescentados serão desperdiçados.
 - Deixe assar por no mínimo quatro anos e seu historiador estará pronto! Aproveite.

Os caminhos percorridos àquele que deseja se tornar um bom historiador é marcado por grandes desafios e obstáculos. Estes empecilhos são dispostos nesta trilha a fim de atingirem todo o potencial que o candidato é capaz alcançar e estão presentes em características peculiares como a curiosidade, o gosto pela leitura, a dedicação, persistência, criatividade, inspiração, paciência e principalmente gosto e amor pelo ofício.
Acreditamos que o ato de pesquisa é o motor que propulsiona a alegria do saber. Todo conhecimento é muito melhor aproveitado quando o receptor é o agente da pesquisa; ser historiador é privilegiar essa característica em todos os momentos da carreira.
As curiosidades pelos fatos, que estão presentes em nossas vidas, nos fazem buscar a sua origem e nesta caminhada nos deparamos com diversos outros acontecimentos que nos propulsionam ao desejo do conhecimento infinito. Neste sentido seria impossível pensar em um agente do estudo histórico, sem pensar em uma pessoa ambiciosa pelo conhecimento e explicação de fatos.
Pensar que o exercício da pesquisa é uma tarefa fácil é titubear na grande quantidade de fontes existentes sem um critério acadêmico de análise ocorrendo, assim, em possíveis erros que podem ser refletidos em irreversíveis prejuízos, uma vez que estamos lhe dando com a criação e/ou sustentação de teorias e análises de fatos vividos.
A interpretação, algo tão particular e aceitável no mundo acadêmico, é uma artifício cuidadosamente utilizado pelo historiador que encara uma afirmação como algo questionável, levando em consideração todos os fatores históricos que a fizeram ser proferida. Assim, a pesquisa se torna um verdadeiro labirinto com diversos outros caminhos onde nem sempre levarão a um mesmo destino.
Assim, o bom historiador deve sempre estar atento aos fatores elencados acima para se respaldar em sua pesquisa tendo a ética e o amor pela verdade como motores propulsores que o ajudarão a atingir, com maior perfeccionismo, seus estudos dando suporte para que se de início a outros Afinal, o desejo pelo saber e o gosto pela pesquisa é o objetivo de todo historiador.

Gabriel Costa
Giovanni Maciel
José Hailton Quaresma

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